A Finlândia e a Suécia solicitaram formalmente nesta quarta-feira (18/05) sua adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma decisão motivada pela invasão da Ucrânia pela Rússia e que encerra décadas de não alinhamento militar.

O passo dado por ambos países, que se mantiveram neutros durante a Guerra Fria, é uma das mais significativas transformações na arquitetura de segurança na Europa em décadas e reflete uma mudança radical da opinião pública desde a investida russa contra a Ucrânia.

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“Este é um momento histórico, que devemos aproveitar”, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, numa breve cerimônia em que os embaixadores da Suécia e da Finlândia na aliança militar entregam suas solicitações de ingresso.

“Acolho calorosamente os pedidos da Finlândia e da Suécia para aderir à Otan. Vocês são nossos parceiros mais próximos, e sua adesão à Otan aumentará nossa segurança compartilhada”, disse Stoltenberg. A aliança militar considera que a adesão da Finlândia e da Suécia irá fortalecê-la no Mar Báltico.

A expectativa é que o processo de adesão leve apenas algumas semanas, mas diplomatas afirmaram que a ratificação da entrada de novos membros pode levar até um ano, já que os parlamentos de todos os 30 países que integram a aliança devem aprovar as candidaturas.

Na segunda-feira, Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, um dos países-membros da Otan, manifestou oposição à adesão da Finlândia e da Suécia à organização. Stoltenberg disse nesta quarta, no entanto, acreditar que as questões possam ser resolvidas.

“Estamos determinados a trabalhar em todas as questões e alcançar rápidas conclusões”, disse o secretário-geral, ressaltando o forte apoio de outros países-membros.

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