HELSINQUE (Reuters) – A Finlândia e a Suécia enviarão delegações a Ancara na quarta-feira para tentar resolver a oposição turca aos seus pedidos de adesão à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, nesta terça-feira.

As objeções de Ancara frearam o que a Suécia e a Finlândia esperavam que fosse um processo de adesão rápido, já que os dois países buscam reforçar sua segurança após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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“Entendemos que a Turquia tem algumas de suas próprias preocupações de segurança em relação ao terrorismo”, disse Haavisto durante um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em Davos. “Achamos que essas questões podem ser resolvidas. Pode haver também algumas questões que não estão diretamente ligadas à Finlândia e à Suécia, mas mais a outros membros da Otan.”

A Turquia diz que Suécia e Finlândia abrigam pessoas ligadas ao grupo militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seguidores de Fethullah Gulen, a quem Ancara acusa de orquestrar uma tentativa de golpe de 2016.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia confirmou que as negociações começarão na quarta-feira.

Na segunda-feira, a Turquia delineou condições para apoiar a candidatura da Suécia à Otan, exigindo que a Suécia suspenda as sanções contra a Turquia, incluindo um embargo à exportação de armas; acabar com o “apoio político ao terrorismo”; eliminar as fontes de financiamento do terrorismo e suspender o apoio de armas ao PKK e seu braço armado sírio YPG, de acordo com uma lista publicada pela diretoria de comunicações do presidente.

(Por Anne Kauranen; Reportagem adicional de Helena Soderpalm e Simon Johnson em Estocolmo, Ece Toksabay e Orhan Coskun em Ancara)

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