HELSINQUE (Reuters) – A Finlândia decidirá se vai se candidatar a ingressar na aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 12 de maio, informou o jornal finlandês Iltalehti na noite de domingo, citando fontes governamentais anônimas.

A decisão sobre adesão ocorrerá em duas etapas naquele dia, com o presidente finlandês Sauli Niinisto anunciando primeiro sua aprovação para que o vizinho nórdico da Rússia se junte à aliança de defesa ocidental, seguido por grupos parlamentares dando sua aprovação ao pedido, segundo o jornal.

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A invasão da Ucrânia pela Rússia deixou a Finlândia e a Suécia perto de solicitar adesão à Otan e abandonar uma crença de décadas de que a melhor maneira de manter a paz era não escolher publicamente um lado.

A Reuters não conseguiu verificar imediatamente os detalhes fornecidos pelo Iltalehti.

De acordo com a Constituição finlandesa, o presidente lidera a política externa e de segurança da Finlândia em cooperação com o governo.

A decisão será confirmada em uma reunião entre o presidente e os principais ministros do governo após os anúncios iniciais do presidente e do Parlamento, informou o jornal.

A Rússia, com a qual a Finlândia compartilha uma fronteira de 1.300 km e uma história de conflito anterior a 1945, alertou que mobilizará armas nucleares e mísseis hipersônicos em seu enclave de Kaliningrado na costa do Báltico se a Finlândia e a Suécia decidirem se juntar à Otan, que é liderada pelos Estados Unidos.

(Reportagem de Anne Kauranen)

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