Por Jill Serjeant

LOS ANGELES (Reuters) – Como é possível voltar ao universo de “Os Sopranos” sem James Gandolfini?

É só recrutar o filho do ator falecido no papel de um adolescente problemático que mais tarde se torna um líder mafioso em conflito, além de um dos personagens mais queridos da cultura popular.

Quatorze anos depois do final das seis temporadas da série de televisão, seu criador, David Chase, retorna com um filme que a antecede e transcorre na Nova Jersey dos anos 1960 e 1970.

“Os Muitos Santos de Newark”, que estreia nos cinemas norte-americanos e no canal HBO Max na sexta-feira, traz versões mais jovens de personagens de “Os Sopranos”, como Paulie, Janice, Junior, Carmela e a matriarca Livia.

Michael Gandolfini, que tinha 14 anos quando o pai morreu de infarto em 2013, aos 51 anos, interpreta o jovem Tony Soprano, com a mesma postura encurvada e os olhos enigmáticos do mafioso de meia-idade de Nova Jersey que procura uma psiquiatra devido a ataques de pânico.

Gandolfini filho nunca havia assistido a série, que rendeu diversos prêmios ao pai, antes de fazer o teste de elenco.

“A experiência de assistir (a série) pela primeira vez foi muito comovente. Mas assim que eu meio que botei aquilo para fora, era mais que tudo estar lá para fazer um trabalho e ser o melhor ator que eu pudesse”, disse Michael.

O diretor de “Os Muitos Santos de Newark”, Alan Taylor, disse que inicialmente não percebeu que escalar Michael renderia tanto assunto, “mas é a coisa mais carismática do filme, de certa maneira”.

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