Por Riham Alkousaa

BERLIM (Reuters) – Um filme do Festival de Cinema de Berlim sobre o maior partido de extrema-direita da Alemanha oferece um retrato observacional de uma organização caótica assolada por lutas por poder e ressentida com sua rejeição pela política tradicional.

“A German Party”, um documentário que estreou nesta quinta-feira no festival conhecido como Berlinale, acompanha o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) ao longo de mais de dois anos, mostrando reuniões internas do primeiro grupo de extrema-direita a se sentar no Parlamento alemão desde os anos 1960.

Dividido em seis capítulos, o filme é puramente observacional, sem comentários ou entrevistas que expliquem o contexto dos acontecimentos.

“A pergunta era: posso ver alguma coisa que não seja apenas o que eles querem que eu veja? Posso ver um pouco mais além da fachada?”, disse o diretor alemão Simon Brueckner à Reuters.

A AfD entrou no Parlamento alemão em 2017, impulsionada por eleitores descontentes com a decisão do governo de acolher quase um milhão de requerentes de asilo do Oriente Médio e da África.

A exclusão sentida pelo partido ajudou Brueckner a convencer os políticos da agenda a permitirem que ele participasse de suas reuniões internas, segundo ele.

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