(Reuters) – A filha de um ideólogo russo ultranacionalista que defende a anexação da Ucrânia pela Rússia foi morta em um suposto ataque com carro-bomba nos arredores de Moscou, disseram investigadores do Estado russo neste domingo.

Darya Dugina, filha do proeminente ideólogo Alexander Dugin, foi morta na noite de sábado depois que um suposto artefato explosivo destruiu o Toyota Land Cruiser que ela dirigia, disseram os investigadores.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia especula que a Ucrânia possa estar por trás do ataque. A Ucrânia nega qualquer envolvimento.

Andrei Krasnov, uma pessoa que conhecia Dugina, disse que o veículo pertencia a seu pai e que ele provavelmente era o alvo do ataque, segundo a agência de notícias estatal russa TASS.

Pai e filha participavam de um festival nos arredores de Moscou e Dugin decidiu trocar de carro no último minuto, noticiou o jornal do governo russo Rossiiskaya Gazeta.

“Um dispositivo explosivo foi colocado na parte de baixo do carro do lado do motorista”, disse o Comitê de Investigação da Rússia em comunicado. “Darya Dugina, que estava ao volante, morreu no local.

“A investigação acredita que o crime foi planejado com antecedência e foi de natureza contratual”, acrescentou.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que se o rastro da investigação levar à Ucrânia, então isso apontaria para uma política de “terrorismo de Estado” da parte de Kiev.

A Ucrânia negou envolvimento.

“Confirmo que a Ucrânia, é claro, não teve nada a ver com isso porque não somos um estado criminoso, como a Federação Russa, e além disso não somos um estado terrorista”, disse o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak, falando na televisão ucraniana.

(Reportagem da Reuters)

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