Pesquisadores do King’ College London desenvolvem o primeiro tratamento celular para fibrose pulmonar decorrente de infecção por covid-19 do mundo. Estudos preliminares indicam que 2% de todos os pacientes que foram contaminados pelo novo coronavírus, mesmo os que não precisaram de internação, podem adquirir a doença que compromete a capacidade respiratória a longo prazo.

Isso significa que ao menos 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo podem desenvolver fibrose pulmonar, que são causadas por uma cicatrização que “engrossa” o tecido pulmonar, o que sufoca os alvéolos e a passagem de oxigênio do sangue ao órgão respiratório.

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Ainda na fase 1, o estudo avalia segurança e eficácia da terapia celular, um tratamento que reverte a fibrose pulmonar com células do corpo humano chamadas de monócitos e macrófagos, produzidos sinteticamente em laboratório para possuir propriedades antifibróticas. Assim, os macrófagos, que são um tipo de glóbulo branco, se alimentam do excesso de tecido celular formado nos pulmões.

“Estou muito orgulhoso da rapidez com que nossa equipe foi capaz de progredir neste estudo. Nossa pesquisa está focada no desenvolvimento de novas terapias avançadas e sua tradução do laboratório para o leito. A entrega bem-sucedida dessa terapia celular experimental em pacientes é um marco importante no estabelecimento de sua segurança, antes de ser considerada para o tratamento de um grande número de pacientes afetados por doença pulmonar fibrótica pós covid-19”, disse o principal autor da pesquisa, Ashish Patel.

O tratamento experimental já foi aplicado em cinco pacientes com fibrose pulmonar no Centro de Pesquisa Clínica no Guy´s Hospital.