A Fiat Chrysler pagará “centenas de milhares de euros” para comprar emissões de créditos de CO2 emitidos pela Tesla, anunciou o jornal Financial Times, neste domingo (7). O acordo entre as montadoras evitará que a companhia italiana seja cobrada pela União Europeia por não cumprir a redução dos padrões de poluição de seus carros.

A parceria prevê que a emissão da Fiat Chrysler será contabilizada junta com a da Tesla, que produz apenas carros movidos a energia e que não emitem CO2 na atmosfera. Esta não é a primeira vez que a montadora de Elon Musk fecha esse tipo de negócio. Nos últimos três anos, a Tesla arrecadou mais de US$ 1 bilhão ao vender créditos de emissão nos Estados Unidos, de acordo com seu relatórios enviados as autoridades do país.

O bloco europeu determinou que as montadoras devem reduzir em 25% a emissão de CO2 de seus veículos até 2021. De acordo com o banco suíço UBS, a medida irá reduzir os lucros das empresas em US$ 8,3 bilhões. A União Europeia também determinou que 40% dos veículos comercializados devam ser elétricos, até 2030. A medida também é uma forma de reduzir os danos ambientais e foi criticada pelo presidente da Peugeot Cintroën, Carlos Tavares, que afirmou um cenário de fechamento de unidades e demissões em massa com a medida.

A mudança na legislação fez com que montadoras tradicionais, como a Volkswagen e Audi, entrassem no mercado elétrico. Segundo o banco suíço, entre as principais fabricantes de carros da Europa, a Fiat Chrysler é quem está mais atrás nos projetos, e, consequentemente, a que mais sofrerá para adequar sua produção as novas leis.