O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,34% na segunda quadrissemana de abril, informou nesta quinta-feira (16) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador ficou 0,04 ponto porcentual abaixo da taxa registrada na primeira semana, de 0,38%.

O decréscimo no IPC-S foi puxado por duas das oito classes de despesa apuradas. A maior contribuição partiu do grupo Transportes, que aprofundou a tendência de queda da divulgação anterior (-0,44%) e caiu 0,97%. O comportamento foi puxado pela gasolina, cuja taxa passou de deflação de 2,07% para queda de 3,68%.

Também houve alívio na taxa do grupo Vestuário (-0,16% para -0,23%), com contribuição do item roupas (-0,13% para -0,30%).

Em contrapartida, seis classes de despesa tiveram acréscimo nas suas taxas de variação: Despesas Diversas (0,09% para 0,34%), por causa de serviços bancários (0,01% para 0,33%); Educação, Leitura e Recreação (0,22% para 0,41%), puxada por passagem aérea (3,30% para 7,40%); Alimentação (1,60% para 1,65%), com alta de laticínios (2,18% para 3,01%); Habitação (0,33% para 0,38%), devido ao condomínio residencial (0,37% para 0,62%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,47% para 0,50%), com medicamentos em geral (0,06% para 0,22%); e Comunicação (0,05% para 0,06%), por mensalidade para internet (0,07% para 0,27%).

Influências individuais

Além da passagem aérea, puxaram o IPC-S para cima o leite tipo longa vida (4,64% para 6,74%), cebola (23,03% para 29,41%), tomate (17,45% para 8,71%) e plano e seguro de saúde (estável em 0,59%).

Na outra ponta, contribuíram para a desaceleração o etanol (-1,80% para -5,23%), curso de ensino fundamental (0,0% para -0,55%), bombons e chocolates (-2,79% para -3,05%) e hotel (-1,05% para -1,29%), além da gasolina.