Tanto os empresários quanto os consumidores tiveram piora na confiança na passagem de novembro para dezembro, segundo a divulgação extraordinária de uma prévia das sondagens de confiança apuradas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em relação ao número final de novembro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,7 ponto, para 93,9 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 4,1 pontos, para 77,6 pontos.

Se confirmado, será o terceiro mês consecutivo de piora na confiança dos empresários e dos consumidores. Os resultados têm como base dados coletados até o dia 11 de dezembro.

“Os resultados prévios das sondagens de dezembro sinalizam a continuidade da tendência de queda da confiança de empresas e consumidores. A mudança de humor é influenciada pela piora de expectativas diante do maior risco de uma segunda onda de contaminação, o iminente fim dos benefícios emergenciais e as dificuldades do mercado de trabalho. Entre consumidores de renda mais baixa, há ainda preocupação com a aceleração da inflação. As notícias promissoras no campo da imunização são ainda insuficientes para garantir uma data certa para o fim da crise, o que faz com que empresários e consumidores se mantenham receosos em relação ao que os espera no início de 2021”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Entre os consumidores, o Índice de Situação Atual (ISA-C) recuou 2,5 pontos, para 69,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-C) encolheu 5,1 pontos, para 84,2 pontos.

No Índice de Confiança Empresarial (ICE) – que consolida os indicadores de confiança da Indústria, Serviços, Comércio e Construção -, o Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E) encolheu 0,9 ponto, para 97,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) caiu 2,1 pontos, para 92,5 pontos.

Na prévia de dezembro, a confiança da Indústria subiu 1,9 ponto, para 115,0 pontos, o maior valor desde maio de 2010. A confiança do setor de Serviços encolheu 1,3 ponto, para 84,1 pontos, enquanto o Comércio caiu 2,9 pontos, para 90,6 pontos. A Construção teve queda de 2,2 pontos, para 91,6 pontos.

As prévias das sondagens da FGV coletaram informações de 2.707 empresas e de 1.070 consumidores entre os dias 1 e 11 de dezembro.