O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,4 ponto na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, para 98,7 pontos, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,2 pontos.

“A confiança dos empresários do setor de serviços encerra o segundo trimestre em alta, mas em ritmo inferior ao observado nos últimos meses e concentrado em alguns segmentos”, avalia Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Conforme a FGV, o resultado positivo de junho foi influenciado pela melhora das expectativas com os próximos meses, enquanto a percepção sobre o momento presente se mantém igual ao mês anterior. “Nos dois horizontes há uma aproximação com o nível neutro de 100 pontos, mas ainda é preciso cautela. O ambiente macroeconômico desfavorável e a incerteza em relação aos próximos meses podem segurar o ritmo de recuperação da confiança do setor”, acrescenta o economista do Ibre/FGV.

Em junho, houve melhora na confiança em cinco dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-S) ficou estável em 98,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 0,8 ponto, para 99,3 pontos.

Após dois trimestres seguidos de quedas, a confiança média do setor de serviços subiu 6,9 pontos no segundo trimestre de 2022, puxada pelos segmentos mais intensos em serviços presenciais, “resultado da redução dos números da pandemia e reabertura dos estabelecimentos”.

“O desafio para os próximos trimestres é a manutenção do resultado positivo, quando passar esse efeito da reabertura e da liberação extraordinária de recursos, como ocorreu nesse trimestre”, completa Tobler.

A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem de Serviços foi realizada com 1461 empresas entre os dias 1º e 27 do mês.