O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,3 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, descendo a 83,2 pontos, a segunda queda consecutiva, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

“A confiança no setor de serviços voltou a cair em fevereiro. O setor, principalmente no que tange aos serviços prestados às famílias, é o que mais tem sofrido na pandemia. Apesar do início da vacinação, o aumento do número de casos e a velocidade da imunização da população devem determinar o ritmo de recuperação considerando que isso afeta diretamente na cautela dos consumidores. A queda no mês foi influenciada tanto pela piora na percepção do volume de serviços prestados no mês quanto das expectativas com os próximos meses, mostrando que o caminho é bastante desafiador”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em fevereiro, houve piora em nove dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,4 ponto, para 78,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 3,3 pontos, para 88,0 pontos.

Com a piora recente, a confiança do setor de serviços está 11,2 pontos aquém do patamar de fevereiro, no pré-pandemia. Segundo a FGV, todos os principais segmentos do setor têm dificuldades na recuperação, principalmente os serviços prestados às famílias.

“A piora nos números da pandemia afeta diretamente o setor, principalmente os serviços que demandam presença física das pessoas, como: bares, restaurantes, hotéis, serviços pessoais etc. Esses segmentos só devem se aproximar do nível pré-pandemia com a ampla vacinação”, completou Tobler.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços diminuiu 1,0 ponto porcentual, passando de 83,4% em janeiro para 82,4% em fevereiro. A coleta de dados para a edição de fevereiro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.452 empresas entre os dias 1º e 24 do mês.