O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, afirmou nesta quinta-feira, 13, que a companhia não deve incorrer em custos adicionais por conta de problemas verificados no combustível de Angra 2. “Nosso combustível é fornecido pela INB, e o custo que tivermos que incorrer aqui vai ser objeto de cobrança, porque compramos o combustível com determinado nível de especificação e não o obtivemos, então não acredito que venhamos a ter problema com relação a custo. Nem o sobrecusto que tivermos nessa parada, nem se houver necessidade de substituição”, afirmou o executivo.

Ontem, a Eletrobras divulgou comunicado informando que vai substituir todos os 52 elementos combustíveis na usina nuclear de Angra 2, com retomada de operações prevista para a segunda quinzena de agosto, após a Eletronuclear detectar “uma oxidação superficial inesperada no revestimento dos tubos que contêm as pastilhas de urânio enriquecido” nos elementos combustíveis carregados no último ciclo de operação, o que requererá rigorosos testes de inspeções para uma avaliação deste evento.

A estatal diz que o incidente foi verificado em inspeções durante a parada para manutenção e reabastecimento iniciada em 22 de junho, conforme programação, e que tinha duração prevista de 22 dias. “A cada reabastecimento, é substituído cerca de um terço dos elementos combustíveis do reator”, diz a Eletrobras.

Para viabilizar o retorno das operações no menor tempo possível e seguindo todos os protocolos de segurança, a Eletronuclear está substituindo todos os 52 elementos combustíveis, que ainda serão inspecionados, para o próximo ciclo de operação. “A substituição destes elementos combustíveis está sendo feita em parte por 24 elementos combustíveis novos e que já estavam prontos para uso na Usina de Angra 3, e 28 elementos combustíveis usados e que estavam armazenados na piscina de combustível usado de Angra 2”, informou a companhia.