Como parte de uma estratégia de negócios que prevê dobrar os lucros da Ferrari até 2022, a marca anunciou hoje (18) seu novo superesportivo, o Monza, carro inspirado na Fórmula 1. Segundo os executivos da empresa, é o mais próximo que os clientes terão da experiência de dirigir um bólido da categoria, com aceleração de 0 a 100km/h em menos de três segundos.

O Monza será feito em fibra de carbono e terá 910 cavalos de potência. O comprador poderá escolher entre duas opções do modelos, de um ou dois lugares. Ao todo, menos de 500 unidades do carro de 12 cilindros serão fabricadas. O automóvel faz parte de uma estratégia traçada até 2022 que prevê o lançamento de 15 novos modelos, incluindo carros híbridos e uma SUV, a primeira da história da Ferrari.

A apresentação do modelo ficou por conta de Louis Camilleri, que assumiu o posto de presidente da Ferrari após a morte precoce de Sergio Marchionne, o responsável pelo plano de negócios até 2022, quando a empresa pretende atingir lucro de US$ 3,2 bilhões. Investidores ficarão atentos com a condução de Camilleri nos próximos meses, uma vez que a gestão de Marchione vinha em ascensão, principalmente após conseguir separar a Ferrari do grupo que a controla – a Fiat Chrysler – para posicioná-la como uma marca de luxo. Além disso, ele conseguiu manter o caráter exclusivo da marca mesmo mantendo um limite de produção de sete mil carros por ano. Outro aspecto que garantiu ganhos recordes para a montadora foi o lançamento de edições especiais.

Segundo Camilleri, o Monza é o herdeiro espiritual da Ferrari Barchetta, e terá seu preço revelado no Salão do Automóvel de Paris, em outubro. O nome foi dado em homenagem a speedsters da marca das décadas de 1950 e 1960. Apesar de ter sido divulgado em evento particular, as fotos vazadas indicam que o carro terá pinturas clássicas: prata com a faixa amarela no bico, como a 250 GTO, que venceu o Tour de France em 1962, e preto com a dianteira vermelha como a 250 Testa Rossa, que disputou as 24 Horas de Le Mans em 1957.