Os cientistas desenvolveram um novo sistema para auxiliar na busca por vida extraterrestre monitorando sinais moleculares complexos. O método, chamado Teoria de Montagem, usa espectrometria de massa para quebrar moléculas em pedaços menores e contabilizar elas como partes únicas. Isso dá uma imagem mais clara de como uma determinada assinatura molecular complexa surgiu, se foi pela evolução da vida ou por acaso.

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Quanto maior o número de partes únicas, mais provável é que seja um objeto complexo e mais provável que tenha sido feito por meio de um processo de evolução, segundo a pesquisa publicada no periódico científico Nature. Esta técnica não pode ser usada da Terra, mas os pesquisadores dizem que ela poderia ser implantada em missões a planetas alienígenas para ajudar a detectar bioassinaturas ou o surgimento de novas formas de vida artificial.

Na busca por vida extraterrestre, identificar quais bioassinaturas são exclusivas a vida é um desafio. A sonda Viking Martian da Nasa, por exemplo, consegue detectar moléculas simples, mas sua existência pode ser explicada através de “processos naturais não vivos”, afirma o grupo de pesquisa. A nova técnica pode melhorar o sistema existente.

Desenvolvimentos como esses são vitais, pois os cientistas acreditam que a vida alienígena pode se desenvolver em mais ambientes do que se pensava anteriormente. Uma pesquisa divulgada no início deste mês sugere que os microrganismos podem sobreviver e crescer em uma atmosfera feita inteiramente de hidrogênio, algo comum em vários exoplanetas.