Onze pessoas morreram por afogamento no litoral e na região metropolitana de São Paulo durante o feriado prolongado da Independência do Brasil. As mortes foram registradas nas cidades de Guarujá (3), Mongaguá (3), Bertioga (1), Ubatuba (1), São Bernardo do Campo (1), São Paulo (1) e Juquitiba (1), segundo o Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar). Outras duas pessoas estão desaparecidas em Itanhaém: são dois jovens, de 18 e 21 anos, que sumiram depois de entrarem no mar.

As vítimas fatais de São Bernardo do Campo e de São Paulo se afogaram na represa Billings. Em Bertioga, um banhista, de 22 anos, teve uma parada cardiorrespiratóra após ser retirado da águas. Ele foi encaminhado ao pronto socorro do município, mas acabou morrendo. Ainda conforme o GBMar, em Ubatuba, um jovem de 25 anos se afogou na Praia do Félix.

Em Mongaguá, dois banhistas se afogaram e não resistiram. E um terceiro homem, de 22 anos, havia desaparecido e foi localizado sem vida por volta das 23h15 deste domingo, 6, na Praia Itaoca.

No Guarujá, as vítimas eram três homens, de 24, 27 e 60 anos. Dentre eles, um sargento aposentado da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O sargento José Cláudio Mantovani morava na cidade de Cerqueira César, no interior paulista. Por volta das 11h45, ele estava na Praia da Enseada e escutou os pedidos de socorro da mãe de uma jovem de 13 anos. Mantovani, então, entrou no mar e conseguiu retirar a menina da correnteza, mas sofreu um mal súbito na água.

Banhistas que estavam no local acionaram um guarda-vidas, que auxiliou na retirada do sargento do mar e constatou parada cardiorrespiratória. Manobras de reanimação, com o apoio de uma equipe do Corpo de Bombeiros, foram realizadas diversas vezes. Ele foi socorrido à uma unidade de Pronto Atendimento do Guarujá, onde foi constatada a morte. Ao GBMar, a esposa de Mantovani, contou que ele era hipertenso e não fazia uso de bebida alcoólica.

Feriado de 7 de setembro é marcado por aglomerações no litoral paulista

Diante dos dias de sol e do feriadão prolongado, as praias do litoral de São Paulo ficaram lotadas e registraram desrespeito às medidas de isolamento e prevenção à covid-19. Aglomerações foram vistas em praias de Santos, Guarujá e Caraguatatuba.

A reportagem do Estadão circulou no Guarujá e constatou que nem o reforço na fiscalização com homens da cavalaria da PM foi suficiente para barrar os turistas de ficarem na praia com barracas, o que também não é permitido. Só neste domingo, os fiscais da Prefeitura de Guarujá realizaram 753 abordagens a pessoas que estavam cometendo abusos.

Já em Santos, a Prefeitura da cidade informou que, das 6 horas de sábado até as 16h45 deste domingo, as equipes da Guarda Civil Municipal fizeram 2.063 orientações sobre uso da faixa de areia, 887 sobre uso obrigatório de máscara facial e duas autuações referentes à presença de cães na faixa de areia. Além disso, foram aplicadas 44 multas pelo não uso da máscara ou pela resistência em usar o item. Em Caraguatatuba, um grande volume de pessoas foi visto na Praia Martim de Sá.