Mesmo com grande parte da população vacinada, diversos estados do Brasil estão enfrentando um aumento nos casos de Covid-19. Com o feriado prolongado de Corpus Christi, a tendência é que muitas pessoas viajem e estejam em lugares com grande movimentação.

Além disso, o feriado terá uma frente fria causando o retorno da chuva sobre o Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. De acordo com o site ClimaTempo, as mudanças no tempo começam no Rio Grande do Sul na quinta-feira (16). Mas é na sexta-feira (17), que a frente fria vira o tempo de vez no Sul do Brasil e já começa a influenciar algumas áreas no Centro-Oeste e no Sudeste.

Para viajar com mais segurança em relação ao Covid, confira quatro pontos para ficar atento:

Viagem de carro

A recomendação do Ministério da Saúde é não viajar se uma das pessoas do grupo estiver apresentando sintomas respiratórios ou se teve contato com um caso positivo para Covid-19 nos 14 dias antecedentes.

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Segundo o supervisor do laboratório do ID8 – Inovação em Diagnóstico, Rodrigo Faitta Chitolina, para viagens de carro, o ideal seria que o grupo já faça parte da sua convivência diária, como familiares, por exemplo.

“Além disso, paradas desnecessárias podem aumentar o risco de contrair doenças, ao expor o grupo a mais pessoas e superfícies potencialmente contaminadas. Abrir os vidros ajuda na circulação do ar, mas não é a medida de prevenção mais efetiva, como o uso de máscaras, por exemplo”, completa.

Ambientes fechados

Para lugares fechados os especialistas indicam que distanciamento de mais de um metro entre pessoas é uma boa medida de prevenção, além de higienizar as mãos com água e sabão frequentemente e evitar tocar os olhos, nariz e boca.

“Também é sempre indicado verificar se o local faz a higienização correta das superfícies compartilhadas com álcool frequentemente, após cada uso. Também é importante lembrar que a Prefeitura de Curitiba e outras cidades voltaram a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados, estando liberado apenas durante as refeições”, explica Chitolina.

Doenças respiratórias

Para o médico otorrinolaringologista da Paraná Clínicas Yasser Jebahi, o período com temperaturas mais baixas aumenta significativamente o número de pessoas acometidas de problemas nas vias aéreas, especialmente as populações mais vulneráveis, como crianças e idosos.

Além das tradicionais gripes e resfriados, outras doenças respiratórias estão em seu período de maior risco como rinite, asma, sinusite, otite e pneumonia. Entre as iniciativas de prevenção, o médico sugere cuidado especial com a hidratação, evitar tabagismo, manter os ambientes internos arejados, não se expor a aglomerações e evitar a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos.

“Ainda estamos na pandemia e temos observado um recente aumento do número de casos. A utilização de máscaras em locais de grande aglomeração é um fator protetivo que deve ser considerado, já que colabora não apenas para diminuição do contágio da Covid como de outras enfermidades de vias respiratórias”, destacou Jebahi, em nota.

Clima

Nos meses mais frios do ano, época que está começando, é esperado um aumento dos casos de doenças respiratórias, pois devido ao tempo frio, a tendência é que as pessoas procurem locais fechados e com menor circulação de ar. A Covid-19 também tende a apresentar um aumento de infecções ativas nesse período.

“Com a queda da obrigatoriedade do uso das máscaras, aumento da circulação de pessoas, retorno das atividades presenciais e o retorno das aulas para as crianças, estamos garantindo um novo corredor de circulação e dispersão dos vírus respiratórios”, afirma Chitolina.