Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) – Como parte de sua batalha contra a inflação e do retorno a uma política monetária mais normal, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, está se aproximando de uma decisão sobre a redução de seu balanço, que praticamente dobrou de tamanho durante a pandemia, para quase 9 trilhões de dólares.

É um enorme estoque de ativos que tem ajudado a manter os juros de longo prazo –incluindo as taxas de hipoteca com as quais as famílias lidam quando compram uma casa– baixos e que influencia uma ampla gama de ativos e outros preços na economia.

A perspectiva de redução da carteira do Fed, assim como os planos do banco central de aumentar sua taxa básica de juros, já está levando o mercado financeiro a reprecificar as taxas que famílias, empresas e o próprio governo pagam para emprestar dinheiro.

As autoridades ainda não decidiram com que rapidez reduzirão o balanço. O chair do Fed, Jerome Powell, disse apenas que eles serão mais rápidos, embora o ponto final desse aperto quantitativo também permaneça incerto. Na última vez que o Fed fez isso, retirou até 50 bilhões de dólares por mês do sistema financeiro.

Analistas já estão apostando em números maiores, com a economista-chefe para mercados financeiros dos EUA da Oxford Economics, Kathy Bostjancic, antecipando um ritmo de corte de 90 bilhões de dólares por mês.

“O sistema financeiro pode tolerar uma redução acelerada na carteira de títulos do Fed”, com talvez 1,8 trilhão de dólares em “excesso de liquidez” atualmente presentes no sistema financeiro, escreveu ela nesta semana. “Esperamos que o Fed seja agressivo.”

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