O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) afirma em comunicado que sua mais recente pesquisa sobre bem-estar econômico entre a população dos Estados Unidos concluiu que as condições financeiras “mudaram dramaticamente” para aqueles que perderam seus empregos ou tiveram redução no número de horas trabalhadas por causa da pandemia de coronavírus, “conforme a disseminação da covid-19 se intensificou” no país.

O levantamento compara uma pesquisa feita em outubro de 2019, com mais de 12 mil adultos, e uma outra, realizada entre 3 e 6 de abril de 2020, com pouco mais de 1 mil adultos, com foco nos efeitos sobre o mercado de trabalho e nas circunstâncias financeiras gerais das famílias com a crise.

Como era de se esperar, em abril havia menos adultos que responderam estar se saindo bem financeiramente, na comparação com seis meses antes. Na pesquisa mais recente, 72% dos adultos disseram estar ou “se saindo razoavelmente” financeiramente (43%) ou “vivendo de modo confortável (29%), quando em outubro do ano passado 75% dos adultos diziam estar se saindo ao menos “razoavelmente”.

Diretora do Fed, Michell Bowman comenta no relatório que os dados da pesquisa mostram que já no início da crise de saúde uma parcela maior dos americanos enfrentavam maiores dificuldades financeiras.

Também dentro do esperado, as pessoas vivendo em comunidades com renda baixa ou moderada reportaram níveis mais baixos de bem-estar, em comparação com as demais.