26/01/2022 - 16:35
O Federal Reserve (Banco Central americano) manteve em zero suas taxas básicas de juros e destacou que um aumento ocorrerá “em breve” em um contexto de níveis persistentes de inflação alta e melhoras no mercado de trabalho.
“Com a inflação muito acima de 2% e um mercado de trabalho forte, o comitê (monetário) considera que em breve será apropriado elevar o nível das taxas” de referência, informou o Comitê de Política Monetária (FOMC) em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (26), após dois dias de reunião.
Os encarregados do Fed destacaram que vão encerrar suas compras mensais de ativos “no começo de março”, condição para elevar as taxas.
O presidente do BC americano, Jerome Powell, afirmou durante coletiva de imprensa que se seguiu à reunião que o Fed é favorável a elevar as taxas de referência no próximo encontro do comitê de política monetária, em meados de março.
“Diria que o comitê é favorável a aumentar as taxas (…) na reunião de março, supondo que as condições sejam apropriadas para fazê-lo”, disse a jornalistas.
As taxas básicas de juros foram cortadas nos Estados Unidos em março de 2020 para enfrentar a pandemia de covid-19, sustentando o consumo e os investimentos.
Agora, o objetivo do Fed ao elevar as taxas básicas de juros é incidir nos preços, freando a demanda. Taxas mais altas encarecem o crédito a pessoas físicas e jurídicas.
O organismo também observou uma redução dos problemas de abastecimento, o que deveria melhorar a oferta de bens e materiais e ajudar a frear a inflação.
A inflação nos Estados Unidos, que no ano passado bateu um recorde desde 1982 a 7%, vai recuar em 2022, avaliou Jerome Powell.
“Continuamos esperando que a inflação freie durante o ano”, disse Powell aos jornalistas. “Os motores de alta da inflação são principalmente as perturbações provocadas pela pandemia”, avaliou.