O governo pode decidir hoje (5) se vai optar por fracionar a vacina contra a febre amarela, numa tentativa de imunizar mais pessoas diante do aumento de casos da doença registrado no país. 

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a pasta vai voltar a avaliar, em reunião hoje à tarde, a possibilidade de fracionamento da dose, opção, segundo ele, adotada com sucesso em países africanos que enfrentaram surto de febre amarela.

O ministro admitiu, entretanto, que a eficácia da vacina fracionada contra a doença é a mesma apenas durante o primeiro ano após a aplicação e que é preciso realizar mais estudos para que se comprove como fica a imunidade do paciente após esse período.

A vacina contra a febre amarela utilizada pelo governo brasileiro é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz. Em situação normal, o laboratório fabrica, em média, entre 2 mil e 4 mil doses mensais, mas, diante do surto, a atual produção gira em torno de 6 mil doses ao mês. Segundo a assessoria do ministério, há possibilidade de se chegar a uma capacidade máxima de produção de 9 mil doses mensais, mas isso implicaria na interrupção da produção de outras vacinas.