A manutenção da agenda fiscal no Brasil é uma condição necessária para que a economia brasileira entre em retomada de forma sustentável, disse o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, em webinar organizado pela agência de classificação de riscos Fitch. “A retomada dessa agenda é fundamental para assegurar a sustentabilidade da trajetória da dívida pública, manter juros em patamares baixos, atração de investidores e crescimento do crédito”, afirmou.

Segundo Sidney, no entanto, o que tem sido observado é uma pressão para elevação dos gastos públicos. “Nem deveríamos ter começado a discutir sobre o teto dos gastos”, disse.

O presidente da Febraban disse que o fundo do poço para a economia brasileira ocorreu em abril e que, neste momento, já se pode observar uma melhora na atividade, o que, inclusive, pode se notar no negócio bancário.

O executivo frisou que ainda há muita incerteza rondando, visto que ainda não se sabe, por exemplo, se haverá ou não uma nova onda do novo coronavírus. Outra grande incerteza, disse, é exatamente a questão fiscal do Brasil. “A atual crise vai deixar um legado fiscal seríssimo ao País”, afirmou.