Os bancos brasileiros estão comprometidos com a melhoria e o aperfeiçoamento, de forma constante, com os controles e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLDFT), segundo a Federação Brasileiros das Bancos, a Febraban, em nota enviada ao Estadão/Broadcast nesta segunda-feira, 21.

O posicionamento diz respeito à revelação, feita após a obtenção de documentos por organizações da imprensa que formam o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), de que grandes bancos fizeram mais de US$ 2 trilhões em transações suspeitas entre 1999 e 2017.

A reportagem cita HSBC, Standard Chartered, Barclays, Deutsche Bank, Commerzbank, JPMorgan Chase e Bank of New York Mellon.

“Os bancos e a Febraban sempre estarão do lado da transparência, dos princípios e valores éticos, participando ativamente do trabalho contra as práticas criminosas e contra os atos ilícitos que afrontam os cidadãos e as instituições, em relação aos procedimentos e aos controles internos relativos à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os bancos e a Febraban sempre estarão do lado da transparência”, diz a nota assinada pelo presidente da entidade, Isaac Sidney.

Ele afirma que essas instituições são os maiores responsáveis pelas comunicações das operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). “Em 2019, foram feitas 118,5 mil comunicações de operações suspeitas, além de 2,919 milhões de operações em espécie de valores igual ou superior a R$ 50 mil. Com o apoio dessas comunicações, em 2019, o Coaf produziu 6.272 Relatórios de Inteligência Financeira”, disse.

A entidade afirma ainda que é uma das fundadoras e participante ativa da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), estando presente, assim, por meio do debate, fazendo propostas “para o constante aprimoramento regulatório e a adoção das melhores práticas na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”

“As áreas de PLD dos bancos não competem entre si, pelo contrário. Quanto mais robustos e convergentes forem os controles, mais protegido estará todo o setor financeiro”, afirmou Sidney.