O faturamento real da indústria de transformação recuou pelo quinto mês consecutivo em janeiro, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mês, a queda foi de 0,9% ante dezembro, considerando os dados com ajuste sazonal, o que, segundo a CNI, está alinhada “ao período de maior incerteza que marcou os últimos meses de 2022”.

Por outro lado, houve crescimento em janeiro na margem nos indicadores de horas trabalhadas na produção (0,5%), emprego (0,5%) e massa salarial real (1,5%).

Já o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 0,3% no período. Em relação à Utilização da Capacidade Instalada, houve estabilidade em 79,7% entre janeiro e dezembro, considerando os dados dessazonalizados.

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Na comparação com janeiro de 2022, o quadro é similar – queda no faturamento e crescimento nos indicadores relativos a emprego e renda.

O faturamento real caiu 1,1% ante o mesmo mês do ano passado, enquanto as horas trabalhadas na produção avançaram 3,2% e o emprego teve alta de 1,0%. Em relação à massa salarial, o aumento foi de 7,8% e o rendimento médio real teve elevação de 6,6%.

“Ao mesmo tempo que os indicadores associados ao mercado de trabalho seguem em alta, o faturamento apresenta uma queda disseminada entre os setores da indústria de transformação. Isso reflete, nos bens de capital, por exemplo, um contexto de cautela na aquisição de bens de capital associado ao início do novo ciclo político”, avalia a CNI, em nota.