O ministro das Comunicações, Fábio Faria, foi às redes sociais na tarde desta quarta-feira, 30, para defender o governo das acusações de que um servidor do Ministério da Saúde pediu propina em uma negociação para compra de vacinas. Adotando um discurso antipetista, o ministro afirmou que o servidor foi exonerado porque a postura que ele “teria tido”, vai contra “todas as diretrizes do governo, que abomina corrupção”. Faria afirmou que a oposição não vai conseguir “carimbar” no presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “o modus operandi do PT de desvios, corrupção e prisões”.

“Há vacinas. E toda suspeita será investigada, com transparência e honestidade”, declarou Faria, que manteve o discurso de que não houve nenhuma irregularidade no acordo, já que “é público e notório que não existem intermediários para a venda de vacinas AstraZeneca”.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada na noite de ontem (29), Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply, afirmou ter recebido de Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, o pedido de propina de US$ 1 para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo Bolsonaro. Após a notícia, Ferreira Dias, que teria solicitado a propina, foi exonerado do cargo por ordens do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Faria afirma que as acusações se tratam de uma tentativa de criar confusão e atribuir ao governo práticas do passado, ao referir-se à possibilidade de corrupção. O ministro finalizou o assunto no Twitter escrevendo que a melhor resposta do governo Bolsonaro às denúncias de irregularidades é a vacinação da população brasileira.