A FAO pediu nesta segunda-feira às autoridades e governos de todos os países do mundo para proteger as abelhas, “aliadas-chave na luta contra a fome”.

Por ocasião do Dia Mundial da Abelha, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu, de sua sede em Roma, “redobrar os esforços” em face do preocupante declínio mundial das populações de abelhas.

“É uma ameaça para uma grande variedade de plantas”, alertou a entidade.

Mais de 75% das culturas que alimentam o mundo dependem de alguma forma da polinização de insetos e outros animais, por isso sua ausência pode terminar com café, maçãs, amêndoas, tomates e cacau, explicou a FAO.

Segundo os especialistas da agência especializada das Nações Unidas, a quantidade de abelhas e outros polinizadores “está sendo reduzida em muitas partes do mundo devido, em grande parte, a práticas agrícolas intensivas, monocultura, uso excessivo de produtos químicos agrícolas e temperaturas mais altas associadas às mudanças climáticas”.

Segundo a FAO, o desaparecimento de frutas, nozes e muitos vegetais é temido porque eles são substituídos por culturas básicas, como arroz, milho e batata, o que poderia levar a uma dieta desequilibrada.

Para sensibilizar as autoridades de todos os continentes, a entidade organizou nesta semana uma conferência em Roma sobre o tema e criou em 2017 o Dia Mundial da Abelha.