América Latina e Caribe são responsáveis por 20% da comida que se perde no mundo desde a colheita até a sua chegada aos pontos de venda, segundo um informe da oficina regional da FAO revelado nesta segunda-feira.

O Índice de Perda de Alimentos desenvolvida pela FAO permite aos países medir a quantidade de alimentos perdidos depois da colheita e durante o armazenamento, transporte e processamento, mas sem incluir o nível da venda no varejo (ou quando chega aos supermercados e lojas), quando a perda se transforma formalmente em desperdício.

Reunindo 9% da população global, a região é responsável por um quinto das perdas de alimentos.

Concentrando-se somente nas perdas que ocorrem na América Latina e no Caribe, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a região perde 12% de seus alimentos, inferior à média global de 14%.

No mundo todo, de acordo com o relatório, as causas da perdas de alimentos diferem amplamente ao longo da cadeia de fornecimento. Nas fazendas, por exemplo, a maior parte das perdas acontece por “cultivar no momento inadequado, por más condições climáticas, práticas erradas no cultivo e no manejo, e desafios na comercialização dos produtos”.

Quanto ao armazenamento, práticas equivocadas geram uma vida útil muito mais curta em alguns produtos. “Um armazenamento em frio adequado pode ser crucial para evitar perdas quantitativas e qualitativas de alimentos”, adverte a FAO.

Durante o transporte, uma boa infraestrutura física e uma logística comercial são determinantes para evitar a perda de alimento, enquanto que um processamento correto pode desempenhar um papel importante na conservação dos alimentos.