A família de um afro-americano morto pouco antes do Natal por policiais receberá 10 milhões de dólares como parte de um acordo com a prefeitura da cidade de Columbus, no norte dos Estados Unidos, informou seu advogado nesta sexta-feira (14).

Para encerrar a ação civil, o gabinete do prefeito “aceitou um acordo financeiro com a família e mudou o nome” de um ginásio em memória de Andre Hill, disse em nota Ben Crump, que representa muitas vítimas negras da violência policial no país.

“Agora, todos os envolvidos podem começar seu trabalho de cura”, acrescentou.

Andre Hill, de 47 anos, morreu em 22 de dezembro em Colombus, Ohio, nas mãos de um agente branco, Adam Coy, que mais tarde foi acusado de assassinato.

Naquela noite, a polícia foi a um bairro residencial para atender a um pequeno incidente. Quando eles chegaram, eles viram Hill na garagem aberta de uma casa e se aproximaram.

De acordo com as imagens captadas pela câmera do uniforme de Adam Coy, o afro-americano na casa dos 40 anos abordou o agente com um celular na mão esquerda, sem que a outra mão fosse vista.

Segundos depois, o agente disparou e Hill caiu. A investigação mais tarde mostrou que Hill estava na garagem de um amigo e que estava desarmado.

A tragédia chocou Colombo, onde a polícia já havia atirado e matado um negro três semanas antes, e causou indignação nos Estados Unidos, no calor do debate sobre a polícia e o racismo desde a morte de George Floyd, em 25 de maio de 2020 em Minneapolis.

Nesse contexto, diversos governos municipais nos últimos meses fecharam acordos de indenização com somas astronômicas com famílias de vítimas de violência policial.

Os familiares de Floyd, que foi sufocado por um policial branco durante sua prisão, receberão 27 milhões de dólares e o de Breonna Taylor, uma auxiliar de enfermagem morta durante uma operação policial em Louisville, Kentucky, receberá 12 milhões de dólares.