No trimestre terminado em agosto de 2020, faltou trabalho para um recorde de 33,319 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 27,5% no trimestre até maio para 30,6% no trimestre até agosto, maior resultado da série.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até agosto de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,3%.

A população subutilizada cresceu 9,7% ante o trimestre até maio, 2,948 milhões pessoas a mais. Em relação ao trimestre até agosto de 2019, o avanço foi de 20,0%, mais 5,563 milhões de pessoas.

A taxa de desocupação saiu de 11,8% no trimestre até agosto de 2019 para 14,4% no trimestre até agosto de 2020, maior patamar da série histórica iniciada em 2012.

Desalento

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, o Brasil alcançou um recorde de 5,851 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em agosto.

O resultado significa 440 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em maio, um salto de 8,1%. Em um ano, 1,139 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 24,2%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.