Se a Grã-Bretanha não conseguir chegar a um acordo tarifário até março de 2019, quando deixará oficialmente a União Europeia, as consequências serão “catastróficas”, adverte um relatório do parlamento britânico.

Com a saída do bloco, a quantidade de declarações aos serviços da alfândega britânica (HMRC), que hoje são de 55 milhões por ano, poderá aumentar para 255 milhões, informou o comitê de contas públicas da Câmara dos Comuns.

O comitê adverte que o HMRC ainda não tem fundos suficientes para aumentar a capacidade de processar as declarações alfandegárias.

O relatório indica que “há muito o que fazer” para instaurar um sistema de declarações alfandegárias eficaz e que é preciso garantir um financiamento suficiente para o organismo.

“Será catastrófico se as declarações não ficarem prontas a tempo, sem um plano B”, alerta.

Um porta-voz do governo britânico afirmou nesta terça-feira que “o serviço de declaração alfandegária está no bom caminho para ser operacional em janeiro de 2019 e que tem a capacidade para administrar um aumento significativo das declarações alfandegárias”.

Londres quer chegar a um acordo de união aduaneira com a UE para dois anos depois do Brexit. Isso permitiria negociar acordos comerciais, beneficiando-se ao mesmo tempo das novas disposições alfandegárias.