A taxa de desemprego no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingiu, no primeiro trimestre deste ano, o maior número da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que começou em 2012: são 14,8 milhões de desempregados (14,7% da população). Esta realidade faz com que muitos brasileiros caiam em armadilhas na hora de buscarem uma recolocação profissional.

De acordo com um levantamento feito pelo laboratório de cibersegurança Psafe, a pedido do jornal Extra, foram detectados 346.196 tentativas de golpe que simulavam falsas ofertas de emprego apenas nos primeiros cinco meses deste ano.

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Fraudadores inventam oportunidades profissionais para extrair dados pessoais, bancários e senhas. Outra prática comum é a cobrança de taxas para participar de processos seletivos inexistentes.

A vulnerabilidade social diante da crise sanitária causada pelo novo coronavírus torna muitas pessoas suscetíveis aos golpes. Pesquisa feita pela OLX, empresa digital de compra e venda de produtos, reporta que 23% das pessoas estariam dispostas a pagar para se candidatar a uma vaga de emprego. Outros 14% aceitariam fornecer dados pessoais mesmo antes da contratação.

Emilio Simoni, especialista da Psafe, alerta para desconfiar de contratadores que se utilizam de canais informais (redes sociais) e que peçam dados pessoais com antecedência ao processo seletivo. Uma forma de checar a veracidade do anúncio é conferir a vaga no site oficial da empresa e perceber o tipo de informação pedida – vagas idôneas preocupam-se em analisar as competências técnicas e experiências profissionais dos candidatos.