Apesar de a ofensiva russa na Ucrânia ser, até certo ponto, bem-sucedida, existe uma leitura na comunidade internacional de que o avanço do exército de Vladimir Putin só não é maior porque os tanques de guerra do país vivem abandonados e destruídos nas ruas ucranianas.

Conhecido como “jack-in-the-box”, o fenômeno que expõe a fragilidade russa é apontado como especialistas em armamento militar como uma falha no projeto dos tanques da Rússia, que armazenam e carregam a munição.

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Segundo o The Washington Post, os tanques contam com os projéteis colocados em um anel dentro da torre de combate e um único tiro atingindo o ponto certo, pode ser fatal. O anel de munição pode esquentar e disparar os projéteis em sequência, explodindo a torre do casco.

Esses tanques, boa parte deles de T-72, foram projetados pelos soviéticos e carregam a munição logo abaixo do comando do tanque, responsável por disparar os projéteis. Dentro do tanque estão 3 soldados: o motorista e mais dois atiradores, próximos ao compartimento de munições.

Um impacto um pouco mais forte na lateral do tanque, que é mais fina, pode detonar a munição e iniciar uma reação em cadeia, colocando em risco a própria tripulação. Em tanques projetados pela Alemanha (o Leopard 2) e os Estados Unidos (M1 Abrams), a munição fica na parte traseira do veículo.

Um levantamento do Reino Unido aponta que pelo menos 530 tanques foram destruídos ou capturados nesses três meses de guerra.