Desde que estreou na Netfilix, o documentário The Social Dilemma (O Dilema das Redes, em português) tem ganhado destaque e causado polêmica em todo o mundo. O filme traz debates sobre o uso das redes sociais e como o seu alto consumo pode ser prejudicial a longo prazo para as pessoas. O Facebook, uma das redes mais mencionadas no documentário, viu a busca por excluir ou desativar a rede aumentar 250% desde que o filme chegou na plataforma de streaming.

Diante deste cenário, a rede social comandada pelo Mark Zuckerberg resolveu responder à situação com um lista de motivos que fazem com que o documentário tenha errado.

+ Senadores americanos convocam responsáveis por Facebook, Google e Twitter
+ Facebook apaga anúncios de Trump enquanto tensão eleitoral aumenta nas redes sociais

Segundo informações do portal Exame, o Facebook disse que, em vez de oferecer uma observação com nuances à tecnologia, o documentário oferece uma visão distorcida de como as plataformas de redes sociais trabalham para construir um bode espiatório conveniente dos difíceis e complexos problemas sociais.

E afirma que os criadores do filme não incluem insights daqueles que estão, atualmente, trabalhando com as companhias ou de qualquer outro especialista que tenha uma visão diferente da narrativa imposta por ele. Também não reconhecem os esforços feitos pelas companhias para endereçar alguns dos problemas que eles levantam. Ao invés disso, diz a rede social, eles se baseiam nos comentários daqueles que não estão na indústria por muitos anos..

Segundo o Facebook, o time que cuida do feed não é incentivado a construir ferramentas que aumentem o tempo gasto em nossos produtos. Explica que em 2018 alterou o ranking para priorizar interações sociais significativas e não vídeos virais. A rede social também afirma que está colaborando com profissionais e organizações focadas em saúde mental e que tem um time focado em entender o impacto no bem-estar das pessoas.

A empresa diz ainda que é uma plataforma apoiada em anúncios, mas que não divide informações que possam identificar as pessoas para terceiros, apesar de denúncias recentes em relação a esse modelo de negócios.

Em relação aos algoritmos, outro ponto abordado no documentário, a rede social afirma que os usa para melhorar a experiência de pessoas que usam os aplicativos.

Em relação à privacidade, o Facebook que criou novas proteções sobre como os dados são usados e tem milhares de pessoas trabalhando em projetos relacionados à privacidade para manter as informações das pessoas seguras.

A rede social reconheceu, no entanto, que cometeu um erro nas eleições de 2016 no que diz respeito aos conteúdos políticos e polarização e afirma ter criado ferramentas para ter um maior controle do conteúdo que chega para as pessoas.