Em abril deste ano foi divulgado que o Facebook havia coletado ilegalmente mais de 1,5 milhões de lista de contatos de emails com conta na rede social. Os dados foram recolhidos de usuários que se inscreveram no site a partir de 2016 e foram usados como uma maneira de melhorar os algoritmos de propaganda e para sugerir melhor novas conexões entre perfis.

Segundo a Business Report, a prática “não foi intencional”, mas sim um erro que nasceu de um método de verificação de identidade que requeria enviar ao Facebook a senha da conta do email cadastrado. A medida não é utilizada oficialmente desde maio de 2016, mas continuou funcionando ao ponto de obter a lista de contato de 1,5 milhão de novos usuários, que não eram notificados da ação por parte de rede social. Logo após a informação vazar na imprensa, o Facebook prontamente desligou o mecanismo.

Logo após jornais denunciarem a prática, a procuradoria geral de Nova York iniciou uma investigação que procurará esclarecer como a prática se desenvolveu e a verdadeira extensão da coleta de dados. “O Facebook demonstrou repetidas vezes uma falta de respeito em relação a seus consumidores, ao mesmo tempo em que lucrava com a mineração de dados”, declarou Letitia James, procuradora geral de Nova York em um comunicado. “É a hora do Facebook se responsabilizar pela maneira como trata informação pessoal de seus consumidores”.