O Facebook informou nesta terça-feira (11) ter avançado na identificação de conteúdos que incitam o ódio, em um momento em que a gigante das redes sociais continua recebendo um boicote publicitário por causa da sua negligência na gestão desse tipo de publicação.

“Tivemos progresso na luta contra o ódio em nossos aplicativos, mas sabemos que precisamos fazer mais para garantir que todos se sintam confortáveis em nossas plataformas”, afirmou Guy Rosen, um dos vice-presidentes do grupo californiano, responsável pela integridade da empresa.

Apesar da pandemia da COVID-19, que interrompeu e reduziu a capacidade de suas equipes para moderar o material publicado, a plataforma estima que houve um aumento na detecção proativa de conteúdo de ódio de 89% para 95%.

No Instagram – que pertence ao Facebook – essa taxa subiu de 45% para 84%.

Rosen lembrou que o Facebook criou equipes especificamente responsáveis para acompanhar questões como diversidade, equidade e inclusão.

Após a morte de George Floyd no final de maio, um homem negro asfixiado por um policial branco quando iria ser preso, uma série de movimentos e organizações da sociedade civil se mobilizaram para combater a discriminação e o racismo em todas as instituições americanas, incluindo o Facebook, considerada uma rede social dominante.

Em junho, organizações de direitos civis lançaram um boicote chamado “#StopHateForProfit” (“Parem o ódio por causa do lucro”), e mais de 1.000 empresas se juntaram a eles, com gigantes como Adidas, Levi’s, Coca-Cola e Starbucks.