Aos poucos as peças do complicado quebra-cabeça do Facebook vão tomando seu lugares. As últimas semanas da empresa foram caóticas, com a debandada de diversos altos executivos de empresas que foram compradas por Mark Zuckerberg, evidenciando conflitos internos na companhia e colocando em xeque a liderança do fundador e CEO da rede social.

Porém uma recente reportagem do The Wall Street Journal trouxe detalhes sobre a condução da crise de credibilidade do Facebook por Zuckerberg, incluindo votos por parte dele de mudar seu estilo de gestão. Em reunião no início de 2018, o CEO convocou os 50 nomes mais fortes do Facebook para discutir as pressões que a empresa estava sofrendo da opinião pública, governos e investidores.

No encontro, Zuckerberg declarou que o Facebook estava “em guerra”, e que a empresa não se movimentou rápido o suficiente em relação a diminuição do número de usuários da rede social, motivos os quais fizeram com que o executivo mudasse seu estilo de gestão, se tornando mais agressivo, pois segundo ele é preciso “progredir rapidamente”.

Segundo fontes escutadas pelo The Wall Street Journal, a mudança chegou como avalanche na empresa, e foi uma das causas das saídas dos cofundadores de Whatsapp e Instagram. Internamente, Zuckerberg culpa a cobertura da imprensa como um dos motivos da crise interna. Na última sexta-feira (16) em sessão de perguntas e respostas com funcionários, o CEO disse que a cobertura da imprensa é “um monte de merda”. Em conversa privada com outros executivos da empresa, Zuckerberg disse que as reações ao caso da Cambridge Analytica foi “histeria”.