Sabe quem postou o tuíte mais importante da semana passada? O próprio CEO do Twitter, Jack Dorsey. Ele anunciou, na quarta-feira 30, que a plataforma não vai mais aceitar propaganda política em nível global. Segundo o executivo, a empresa tomou a decisão para evitar eventuais problemas derivados de mensagens automáticas, fake news e deepfakes – técnica para editar vídeos falsos de pessoas reais. Tanto Twitter quanto o concorrente Facebook estão sob pressão para fazer uma faxina em conteúdo mal-intencionado. A ponto de tornar o depoimento de Mark Zuckerberg ao congresso americano na semana anterior – foi falar de sua moeda digital, a Libra – uma queda de braço com as deputadas democratas Maxine Waters e Alexandria Ocasio-Cortez. Elas apertaram o CEO do Face com perguntas sobre ingerência nas eleições, liberdade de expressão, fake news e grupos de ódio. Zucker se viu em maus lencóis. Mas riu por último: na semana passada, o Facebook divulgou lucro acima do esperado para o terceiro trimestre, de US$ 6,1 bilhões. O resultado motivou o seguinte comentário de Zuckerberg: “Nos concentramos nos progressos que estamos fazendo sobre assuntos sociais importantes e na construção de novas experiências que melhorem a vida das pessoas no mundo”.

(Nota publicada na Edição 1145 da Revista Dinheiro)