O Facebook informou nesta quarta-feira (13) ter eliminado 5,4 bilhões de contas falsas de usuários em 2019, um número significativamente superior ao de 2,1 bilhões de contas eliminadas no mesmo período do ano passado.

Em seu relatório bianual sobre transparência, a companhia disse ter “melhorado sua capacidade de detectar e bloquear” a criação de contas “falsas ou abusivas” a ponto de frustrar milhões de tentativas todos os dias.

Só em janeiro e março passados, o Facebook suprimiu um recorde de 2,2 bilhões de contas nas quais alguém finge ser uma pessoa ou entidade que não existe.

“A medida que bloqueamos mais e mais contas falsas, inclusive antes de serem criadas, temos cada vez menos que desabilitar, e nossas intervenções têm diminuído desde o primeiro trimestre”, disse a companhia com sede em Menlo Park, Califórnia.

No entanto, as supressões de contas se mantêm em níveis elevados.

Após terem sido detectadas operações de manipulação nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, orquestradas principalmente a partir da Rússia, Facebook e outras plataformas sociais reagiram com um arsenal de medidas implementadas gradualmente desde 2018 para lutar contra as contas falsas e a desinformação, tanto no conteúdo compartilhado pelos usuários como nos anúncios publicitários.

A rede também está implementando seus esforços, especialmente em termos de transparência, para recuperar a confiança de seus usuários, particularmente com relação aos governos que buscam exercer um controle maior sobre seus aplicativos e dados.

O informe indica que as autoridades americanas realizaram mais de 50.000 petições para obter dados de usuários do Facebook de janeiro a julho de 2019, cifra que representa um aumento de 23% com relação ao semestre anterior.

Na maioria dos casos, tratam-se de pedidos legais, avalizados por decisões judiciais, mas também podem ser “emergências”.

“Se uma solicitação parece injustificada ou ampla demais, nos defendemos e brigamos nos tribunais, se necessário. Não proporcionamos ‘portas dos fundos’ para a informação das pessoas”, insistiu o Facebook.

No primeiro semestre, as solicitações dos governos aumentaram 16%, situando-se em mais de 128 mil, com Índia e Reino Unido em segundo e terceiro lugares, seguidos por Alemanha e França.