2018 foi um ano de escrutínio para o Facebook e seu CEO, Mark Zuckerberg, que marcou presença em cortes nos Estados Unidos e Europa para tratar dos escândalos do Cambridge Analytica e dos vazamentos de dados pessoais. Apesar dos problemas pessoais, as finanças da rede social não foram afetadas, e inclusive bateram recordes de lucros.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (30), o Facebook anunciou que seu último trimestre de 2018 foi o melhor da história da companhia, com lucro de US$ 6,9 bilhões, um aumento de 61% em relação ao mesmo período do ano anterior. Somente sua rede social homônima cresceu 30% em lucros.

O crescimento monetário foi seguido por um surpreendente aumento de usuários nas plataformas da empresa. Seu carro chefe, o Facebook, tem hoje 9% a mais de usuários do que no ano anterior. No total, 1,52 bilhão usam a rede social diariamente, enquanto 2,32 bilhões usam todo mês. Já a audiência para todas as plataformas da companhia – Instagram, WhatsApp, Messenger e Facebook – é de 2,7 bilhões por mês, enquanto dois bilhões de usuários acessam algum destes serviços todo dia.

A outra boa notícia para a empresa de Mark Zuckerberg é que o Facebook aumentou sua base de usuários nos Estados Unidos e Europa, considerados mercados chave para a empresa, e local onde a rede social passou por sua maior crise de confiança.

Em uma chamada com investidores, o CEO da empresa elencou as diversas medidas tomadas pelo Facebook para combater o mau uso da rede social, e destacou a criação de um sistema de inteligência artificial para detectar problemas na rede e a contratação de uma enorme equipe de segurança.

“Há mais do que fazer, mas estou orgulhoso do trabalho que estamos fazendo diante das adversidades”, disse Zuckerberg. “Existe muita negatividade sobre tecnologia. Alguma críticas são válidas, algumas estão fora de contexto.”