O Facebook, em uma ação sem precedentes, estabeleceu um contrato com uma firma de cibersegurança para hackear um homem que extorquia e ameaçava meninas na rede social, informa o site Motherboard. Buster Hernandez, quando conseguia fotos e vídeos das mulheres menores de idade nuas, fazia ameaças de estupro e morte para as menores de idade.

A medida resultou na prisão de Hernandez, conhecido na internet como “Brian Kil”, pelo FBI, departamento de investigação dos Estados Unidos.

De acordo com o site Motherboard, o Facebook não entregou as informações diretamente ao FBI e não está claro se a entidade sabia da investigação do site. Segundo fontes que trabalham na companhia, essa é a primeira e única vez em que o Facebook ajudou as autoridades a hackear um alvo.

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O investigado mora no Estado da Califórnia e tem assediado meninas por anos. Ele acessava a rede social para pedir fotos e vídeos. Ele também afirmava que poderia realizar atentados com armas de fogo ou bombas nas escolas das meninas se elas não continuassem a mandar o conteúdo.

O caso, ainda segundo a reportagem, levanta questões éticas sobre quando e se é apropriado que companhias privadas ajudem a hackear seus usuários.

Um porta-voz do Facebook confirmou para a Motherboard que eles trabalharam com “especialistas em segurança” para ajudar o FBI a hackear Hernandez e que a decisão se deu pela gravidade das ações do investigado.