Por que uma gestora de recursos em Goiás?
Nossa estratégia foi ir além do eixo Rio- São Paulo e explorar clientes da região. Começamos com foco em empresários do agronegócio e family offices, mas agora vamos ampliar para o público geral. Já temos um fundo de ações (FIA) em atividade. Ainda é um fundo inicial, mas que já está sendo oferecido em plataformas de investimentos. E em breve vamos lançar fundos de renda fixa mirando papéis globais e com foco em criptomoedas.

Qual a estratégia do seu fundo de ações?
Temos duas estratégias complementares. A maior parte do patrimônio do fundo está focada na velha economia. Empresas de commodities minerais e energia, e bancos. Em seguida, montamos uma posição diversificada olhando setores que sofreram com a pandemia e que ainda estão baratos. Mais especificamente, empresas de educação, de transporte aéreo e administradoras de shopping centers. Nossa expectativa com a estratégia é que esses setores mostrem um bom desempenho a partir do fim da pandemia.

E como vocês operam?
Até o fim do primeiro semestre vamos seguir uma tática de fazer apostas direcionais, mantendo posições compradas em ações, o chamado ‘long only’. No segundo semestre, devido às eleições, nós esperamos aumento da volatilidade do mercado. Assim, vamos mudar nossa tática para ‘long short’, de maneira a reduzir o risco da carteira.

Como é o perfil dos investidores no seu fundo?
Nosso cotista precisa de educação financeira. Em geral, são pessoas cuja atividade principal é o agronegócio,a pecuária. Ou seja, estão profissionalmente longe do mercado financeiro. Por isso nossa proposta é diferente da de uma gestora da Faria Lima, pois também nos preocupamos com a educação financeira do cliente. Essa é a minha própria trajetória.

Por quê?
Trabalho no mercado desde 2006. Comecei como investidor autônomo, depois comecei a atuar como trader após a crise do subprime. Algum tempo depois eu enveredei pela educação financeira e me tornei influenciador. No movimento mais recente, partimos para a criação da gestora.

FOCO NAS DEBÊNTURES

A alta dos juros e a melhora do resultado das empresas – que reduziu seu risco de crédito – estimularam os gestores de fundos a colocar recursos na dívida privada, especialmente nas debêntures. Esses papéis são bastante adequados para os investidores institucionais. Costumam ser pouco líquidos, mas em geral pagam bons rendimentos. Segundo a empresa de informações financeiras Economatica, em fevereiro os gestores haviam adquirido R$ 300 bilhões em debêntures, maior nível da história da indústria de fundos.

EM ALTA
0,55% 

Foi o aumento dos preços de venda de imóveis residenciais em março de 2022, conforme o índice FipeZAP+, que acompanha a evolução das cotações em 50 cidades brasileiras. A alta de março superou a alta de 0,49% em fevereiro. No acumulado do ano, o aumento já chega a 1,58%. Em 12 meses, o índice FipeZAP+ avançou 6,1%. Apesar da alta, os preços dos imóveis não têm acompanhado a inflação. Nos 12 meses até fevereiro, dado mais recente disponível, a inflação pelo IPCA está acumulada em 10,54%.

EM BAIXA
23,73% 

Foi a queda no registro de veículos novos em março, comparado com março de 2021. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no acumulado do primeiro trimestre o número de emplacamentos caiu 25,03% ante 2021. A causa foi o avanço da variante ômicron da Covid-19, que afetou a produção de diversos componentes. A incerteza econômica provocada pela guerra na Ucrânia e o aumento dos preços dos combustíveis e dos juros também prejudicaram as vendas.