As marcas de cigarros paraguaios corresponderam a 49% das vendas deste mercado no Brasil, em 2020. Com isso, algumas fábricas clandestinas no Brasil passaram a falsificar essas marcas, chegando até a exportar os produtos paralelos.

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Em 2021, nove unidades de indústrias clandestinas de cigarros paraguaios falsos, que produziram cerca de 5,3 bilhões de cigarros, foram fechadas. Os locais com maior incidência desses casos são: interior de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Além de exportarem, as quadrilhas brasileiras fazem os cigarros falsificados para venderem no mercado doméstico, escapando, dessa forma, dos impostos cobrados e do risco de apreensões nas rodovias.

No primeiro semestre do ano passado, a Receita Federal apeendeu mais de 7 milhões de maços de cigarros em rodovias de São Paulo. As marcas mais utilizadas para falsificação são: Eight, Gift, Palermo e Club One.

Em outubro de 2021, a PF descobriu e fechou uma fábrica clandestina de cigarros que operava com mão de obra de estrangeiros, algo próximo a um serviço escravo. O local movimentava R$ 50 milhões por mês, segundo informações da “Folha de S. Paulo”.

No total, eram 18 trabalhadores (17 deles paraguaios), trabalhando em um cômodo sem janela e com dois chuveiros.

O mercado de cigarros ilegais diminuiu em 2020 no Brasil, de acordo com dados do Ipec. Um dos motivos para a redução das falsificações foi o fechamento das fronteiras durante a pandemia de Covid-19 e o lockdown no Paraguai, que interrompeu as atividades fabris.