Por Zhang Yan e Brenda Goh

XANGAI/HONG KONG(Reuters) – A CATL, maior fabricante de baterias de veículos elétricos do mundo, anunciou nesta sexta-feira queda de 23,6% no lucro do primeiro trimestre, primeiro declínio em dois anos, enquanto luta contra o aumento dos custos das matérias-primas e o ressurgimento da Covid-19 na China.

A empresa, cujos clientes incluem Tesla, Volkswagen e BMW, teve lucro líquido de 1,49 bilhão de iuanes (226,69 milhões de dólares), ante 1,95 bilhão de iuanes um ano antes, apesar de um grande salto na receita, de 19,17 bilhões para 48,68 bilhões de iuanes.

Os preços dos principais metais, como o lítio, quase dobraram no trimestre, pesando nas margens de lucro da CATL e levando-a a aumentar os preços das baterias em março.

Como suas rivais, a CATL está aumentando a produção e o fornecimento de minerais para atender à crescente demanda por veículos elétricos. A empresa disse no início deste mês que garantiu os direitos de exploração de um depósito de argila de lítio na província de Jiangxi, na China, e fez uma joint venture na Indonésia para mineração de níquel.

A consultoria Wood Mackenzie diz que a CATL deve mais que triplicar sua capacidade de fabricação de células até 2025.

A empresa manteve-se muito à frente de suas rivais. Cerca de 51% das baterias de níquel-cobalto-manganês (NCM) e 49% das baterias de fosfato de lítio (LFP) instaladas nos veículos elétricos da China nos primeiros três meses eram da CATL, segundo o China Automotive Battery Research Institute.

Em comparação, a rival BYD fornece 1,6% das baterias NCM e 34% das baterias LFP, enquanto a LG Energy teve seu nome em 6% das baterias NCM instaladas, disse o instituto.

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