Em breve, mais um hotel Sol Inn.? Se você avistar esta placa pode ter certeza: o ?em breve? não é força de expressão. Em 120 dias, o edifício estará de pé. Milagre da construção? Não, engenharia pura. A Interhotel, especialista em erguer hotéis de categoria econômica, desenvolveu um método que reduz custos e diminui o tempo das obras. Os edifícios seguem um padrão em que o apartamento tem 45 m2 ? 10% a menos que os concorrentes. Com este modelo e de posse de placas pré-moldadas, o prédio é erguido a toque de caixa. ?Parece um Lego gigante. Podemos aumentar ou diminuir a extensão do edifício, mas os espaços internos ficam iguais?, explica Maurício Keller, sócio da Interhotel. ?Assim nossos apartamentos custam R$ 20 mil a menos que os de outros empreendimentos.? Com quatro anos de vida, a Interhotel já tem cinco unidades e mais 16 sendo erguidas. Outras 20 devem se somar a elas até 2004.

 

A empresa negocia o empreendimento como num fundo imobiliário, no qual os investidores podem comprar cotas ou o prédio inteiro. Em 2001, a Interhotel registrou faturamento de R$ 10 milhões e a estimativa de Keller é fechar 2002 com R$ 13 milhões. Depois do prédio pronto, a administração do hotel é entregue à Sol Inn Brasil, companhia que tem entre os sócios a rede espanhola Sol Meliá. A marca Sol Inn é usada apenas no segmento de hotéis econômicos. ?O mercado está estagnado. Nosso principal trunfo para crescer é o preço?, explica Mateus Cabau, diretor de operações da Sol Inn. As diárias custam hoje R$ 59 e atraem o público de negócios. ?Agora, vamos apostar no turismo de lazer?, afirma Keller. São três projetos de resorts: no Pantanal, em Bonito e no Amazonas. Com preços baixos e ambiente 3 estrelas, a ocupação fica acima dos 50% ao mês. E gera rentabilidade de 12% para investidores. Resultado: a cada lançamento da empresa, 60% do prédio é vendido no mesmo dia.