Pelo segundo ano consecutivo, a exportação de carnes de frango e suíno brasileiras terá resultados negativos. A redução da venda de carne suína no mercado internacional está prevista para 12% em 2018, em comparação com 2017. Já a de aves deverá ter retração de 2%.

Os dados foram divulgados na quinta-feira 23, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A exportação de frango em 2018 está prevista para 4,25 milhões de toneladas. Foram 4,32 milhões de toneladas em 2017 e 4,38 milhões de toneladas em 2016.

Técnicas de abate e embargos travam vendas

Segundo o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, a retração envolve uma série de fatores. “Temos um embargo da União Européia, as mudanças das técnicas de abate muçulmanos para a Arábia Saudita, a troca de direito antidumping pela China”, afirma.

Entre janeiro e julho deste ano, foram exportadas 2,3 milhões de toneladas. Um volume 8,2% abaixo das 2,505 milhões de toneladas efetivadas nos sete primeiros meses de 2017.

A receita das exportações em 2018 totalizou US$ 3,675 bilhões, 12,4% meno que os US$ 4,197 bilhões obtidas em 2017.

Principal destino, a Ásia importou 790 mil toneladas entre janeiro e julho (+1,4%). Para o Oriente Médio, na segunda posição, foram embarcadas 752,1 mil toneladas (-10%).

A redução do mercado suíno foi ainda mais acentuada. Em 2018, deverão ser comercializadas 613 mil toneladas. Em 2017 foram 697 mil toneladas  e em 2016 foram 732 mil toneladas.

Rússia absorvia 40% da produção

Até janeiro, a Rússia era a maior compradora, com 40% de toda a produção. Porém, desde então, um embargo pela segregação das raças suínas suspendeu todas as ações, afirma Santin.

“Esperamos que isso seja superada, mas ainda não temos previsão”, complementa o diretor-executivo.

Entre janeiro e julho deste ano, foram exportadas 2,3 milhões de toneladas, volume 8,2% abaixo das 2,505 milhões de toneladas efetivadas nos sete primeiros meses de 2017.

A receita das vendas internacionais neste ano totalizou US$ 3,675 bilhões, número 12,4% menor que os US$ 4,197 bilhões obtidas no ano passado.

Principal destino, a Ásia importou 790 mil toneladas entre janeiro e julho (+1,4%). Para o Oriente Médio, na segunda posição, foram embarcadas 752,1 mil toneladas (-10%).