Por Nayara Figueiredo

SÃO PAULO (Reuters) – As exportações brasileiras de soja alcançaram 16,4 milhões de toneladas em maio, alta de 16,3% em relação ao mesmo período de 2020, mostraram dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira.

O ritmo de embarques registrado até a terceira semana do mês indicava a possibilidade de um novo recorde mensal, mas a média diária de vendas arrefeceu para 781,11 mil toneladas e o volume de maio ficou abaixo da máxima histórica de 17,38 milhões de toneladas vista em abril deste ano.

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Na semana passada, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que também chegou a projetar recorde para maio em meados do mês, voltou atrás e reduziu suas perspectivas de exportação para a oleaginosa, com base em dados da programação de navios.

Nesta terça-feira, a Anec informou que os embarques de soja fecharam maio em 14,41 milhões de toneladas, ante 13,86 milhões em igual período do ano anterior. Em relação a abril, no entanto, houve queda de 8%.

Os dados da associação consideram os volumes efetivamente exportados, enquanto os da Secex levam em conta os registros de embarques, o que explica a diferença entre os números.

Os balanços de exportações de soja confirmam tendência apontada em reportagem da Reuters, no início de maio, que indicou recuo na comparação mês a mês, após grandes embarques da oleaginosa pelo maior produtor e exportador global em abril.

Atualmente, o país colhe as últimas áreas de soja da safra recorde 2020/21, estimada em 135,4 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e se prepara para a próxima temporada –que também pode bater uma nova máxima histórica.

O Brasil já exportou 50,56 milhões de toneladas do grão no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, conforme levantamento da Anec, volume pouco superior aos 49,75 milhões enviados ao exterior entre janeiro e maio de 2020.

Entre os demais destaques da Secex, as exportações de açúcar fecharam o mês passado com 2,7 milhões de toneladas embarcadas, ante 2,58 milhões no mesmo período do ano anterior, já com a safra de cana iniciada em abril em ritmo mais forte.

A soja, o açúcar e as diversas commodities brasileiras contam com um dólar favorável para exportação, em meio à pandemia da Covid-19, e firme demanda por compradores internacionais, principalmente a China.

 

 

(Por Nayara Figueiredo)

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