Ao menos 15 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas neste domingo (7) em explosões causadas por “uma negligência” que destruíram um acampamento militar e bairros próximos na Guiné Equatorial, anunciou o presidente Teodoro Obiang Nguema em um comunicado.

Quatro fortes deflagrações arrasaram edificações deste acampamento em Bata, capital econômica do país, e muitas casas ao redor.

Tratou-se de “um acidente causado pela negligência da unidade encarregada de guardar os explosivos, a dinamite e as munições”, afirmou o chefe de Estado, em um comunicado lido na emissora estatal TVGE.

Em uma ampla área ao redor do acampamento, casas e outros prédios foram destruídos e pedaços de cimento eram vistos nas ruas em centenas de metros, segundo imagens da TVGE.

Muitas crianças, mulheres, homens, idosos fugiam do local, em meio a uma paisagem de desolação, ainda coberta por espessas nuvens de poeira.

Em um hospital de Bata, muitos feridos eram atendidos em meio ao caos.

Obiang Nguema, que aos 78 anos detém o recorde de longevidade no poder para um presidente vivo (42 anos), assegurou que as “ondas sucessivas de deflagrações provocaram danos em quase todos os prédios e as cidades da cidade”.

Vivem em Bata 800.000 dos cerca de 1,4 milhão de habitantes deste pequeno país rico em petróleo e gás, mas cuja população vive na pobreza em sua maioria.

Segundo um tuíte do Ministério da Saúde, grande parte dos moradores dos bairros próximos ao local ainda está sob os escombros de casas ou edifícios.

A TVGE mostrava imagens de civis e bombeiros tirando adultos e crianças de restos de cimento e aço.

A Guiné Equatorial é um dos países mais fechados do continente africano e o regime é acusado pela oposição e organizações internacionais não governamentais de violações constantes dos direitos humanos.