Especialistas em alfabetização avaliaram minuta de decreto elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) que indica que a alfabetização no Brasil deverá priorizar o método fônico – no qual as crianças precisam identificar os segmentos de som que formam uma palavra. A minuta, ainda não publicada, foi obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Os especialistas apontam que essa é uma visão limitada e mecânica e afirmam que o MEC não deveria adotar método único. Para Patrícia Diaz, que trabalha com formação de professores, o decreto tem uma “visão tecnicista”, abandonada no fim dos anos 1990. A especialista Cisele Ortiz completa que o texto estimula uma visão “com base em treinamento e memória”.

Presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Oliveira é um dos poucos defensores do método fônico e teve reuniões no MEC. “O código alfabético é abstrato, não é natural aprendê-lo”, avalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.