O Instituto de Finança Internacional (IIF, na sigla em inglês) estima que a entrada de capital em emergentes vai passar de US$ 1,195 trilhão em 2017 para US$ 1,255 trilhão em 2018. O valor inclui investimento estrangeiro direto (IED), investimento de portfólio e fluxos bancários.

Ao manter a visão “cautelosamente otimista” sobre fluxos para emergentes, o IIF ponderou que vai haver mais seletividade dos investidores a títulos e ações desses países neste ano.

“À medida que a liquidez global diminui, a seletividade dos investidores em títulos e ações emergentes deve aumentar. Correlações em declínio, diferenciação em premissas de risco político e recentes entradas para fundos de emergentes com gestão ativa sugerem que isso já está em andamento”, afirmou o IIF.

Segundo o órgão, a maior parte do capital para investimentos em emergentes foi para o mercado de dívida. Dos 25 países da amostra, vai haver aumento do fluxo de capital não-residente em 17 deles – com acentuado avanço ao Brasil, à Polônia, à Índia e à Arábia Saudita.

Dos US$ 1,255 trilhão estimados para 2018, serão US$ 480 bilhões em IED, US$ 422 bilhões em investimentos em carteira e US$ 353 bilhões em transações bancárias. Em 2017, os valores foram, respectivamente, US$ 468 bilhões, US$ 378 bilhões e US$ 350 bilhões.

Sobre o IED, o IIF nota que há declínio de cerca de 10% ao ano para emergentes desde 2014.

Ao discriminar o IED, o instituto mostra que, excluindo-se as transações entre mesmas companhias entre países diferentes, o investimento direto em emergentes pode cair ao menor nível desde 2009, passando de US$ 375 bilhões em 2017 para US$ 356 bilhões em 2018.