O diretor de Geração da Eletrobras, Pedro Luiz de Oliveira Jatobá, afirmou nesta terça-feira, 15, que a expansão no setor de energia elétrica vai exigir financiamento pelo mercado privado de capitais, diante da redução de mecanismos governamentais de financiamento – como a diminuição de participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Então isso vai exigir que toda essa expansão, ela terá que ser em parte financiada pelo mercado privado de capitais. O que significa que nós vamos ter que buscar mecanismos de financiamento para essa expansão. Mecanismos que estão surgindo muito fortemente no mercado internacional e nacional com essa característica de verde, então é preciso localizar e fazer isso”, disse Jatobá durante participação em audiência pública na Comissão Especial que discute a produção de um Código de Energia Elétrica.

“Todo esse sistema que os senhores viram baseado em hidroelétrica, baseado em política pública de longo prazo, teve forte suporte, estruturação do governo, dos mecanismos governamentais. O que a gente está assistindo agora é uma redução desses mecanismos, seja pela capacidade fiscal do governo, seja pela própria diminuição de participação do BNDES, que foi o grande financiador”, citou o diretor de Geração da empresa.

Na exposição, Jatobá ressaltou que as previsões para o setor destacam a expansão do uso da eletricidade. “Estamos inseridos em cadeia global, e o mundo está vivendo transição energética muito importante”, disse. Além disso, o diretor de geração da Eletrobras ressaltou também as previsões de crescimento das energias renováveis limpas, como é o caso de solar e eólica.

Por isso, Jatobá pontuou que, diante desse cenário, será necessário ter uma nova alocação de riscos ao longo da cadeia. “Quando eu entro na solar e eólica, estou submetido a outras variáveis da natureza que trazem também outros tipos de riscos associados”, disse o diretor de distribuição.